Segunda-feira, 01 de novembro de 2010 Brasil precisa repensar no sistema de votação para os eleitores que vivem no exterior Imagem: Divulg...
Segunda-feira, 01 de novembro de 2010
Brasil precisa repensar no sistema de votação para os eleitores que vivem no exterior
Imagem: Divulgação/Blog oficial Dilma Rousseff
Certamente o dia 31 de outubro ficará marcado na história. Não porque seja comemorado o famoso Dia das Bruxas (Halloween, nos Estados Unidos), mas porque o povo brasileiro elegeu pela primeira vez uma mulher para ocupar o cargo máximo do país, o de presidente da República. Com 99,98% das urnas apuradas até à 00h10 deste 1/11, a petista Dilma Rousseff (foto) obteve 56,05% dos votos válidos. Foi uma vitória esperada?: Sim, mas não extraordinária. Por se tratar de quem estava lhe apoiando – o presidente Lula –, este número poderia ter sido um pouco maior.
Apesar de diversos institutos de pesquisa terem dito que a candidata venceria – já no primeiro turno –, a batalha política se estendeu até o segundo. Se a margem de erro das intenções de voto tivesse sido de apenas três pontos percentuais para mais ou menos – ao invés de nove (em relação à Marina Silva, do Partido Verde), se poderia dizer que os brasileiros tinham certeza do que realmente queriam. Mas, não foi bem assim... No primeiro turno, Dilma Rousseff só tinha conseguido 46,91% dos votos válidos, enquanto José Serra (PSDB), 32,61%.
No dia 3/10, entre votos brancos e nulos o total era de 8,64%, além de 18,12% de abstenções. Já no dia 31, do mesmo mês, o número de brancos e nulos caiu para 6,7%, mas as abstenções aumentaram em mais de três por cento. Provavelmente, por causa da semana do feriadão!
Sem escrever notícia a favor de Dilma ou Serra, a ex-ministra da Casa Civil conseguiu superar barreiras, como a do preconceito, por ter sido a primeira mulher a chegar num cargo tão importante. Além disso, venceu a interferência de certas igrejas contra a sua candidatura.
As eleições de 2010 ficarão marcadas pelo “parasitismo” da política na religião: candidatos buscaram neste segmento uma sobrevivência, tornando-se religiosos e tentando provar que eram contra o aborto. Só para não perder votos! A intromissão da Igreja Católica e a Igreja Evangélica Assembléia de Deus Vitória em Cristo, do pastor Silas Malafaia, por exemplo, representou um retrocesso na sociedade.
O Partido dos Trabalhadores (PT) governará seguidamente o Brasil por 12 anos. Oito destes foi pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e mais quatro, por sua sucessora, a qual se dedicou de corpo e alma, ou se possível dizer, de modo exagerado.
Durante seu primeiro discurso – após eleita – Dilma Rousseff prometeu que zelaria pela liberdade de opinião, de imprensa e que lutaria para combater a miséria.
Os brasileiros residentes no exterior também puderam votar para presidente. O que é considerado um dever de cidadania deveria ser repensado, uma vez que não vivem no Brasil e não participam diariamente da vida política deste país. Talvez, fosse mais justo apenas uma justificativa, ao invés de tentar fazer número. A família Saito, que vive no Japão há cerca de 20 anos, por exemplo, também votou para eleger o próximo governante brasileiro. O mais intrigante é que pelo menos a filha Tatiane Saito, de 20 anos, sequer sabe o português, mas participou deste processo “democrático”. A jovem teria saído da nação sul-americana quando tinha um ano de idade, segundo o site G1. Não seria o caso de considerá-la analfabeta em relação ao nosso idioma?
Quando o voto deixar de ser obrigatório, se poderá de fato dizer que o Brasil é um país totalmente democrático, mas enquanto isso não acontecer, fica difícil acreditar em plena democracia.
Brasil precisa repensar no sistema de votação para os eleitores que vivem no exterior
Imagem: Divulgação/Blog oficial Dilma Rousseff
Certamente o dia 31 de outubro ficará marcado na história. Não porque seja comemorado o famoso Dia das Bruxas (Halloween, nos Estados Unidos), mas porque o povo brasileiro elegeu pela primeira vez uma mulher para ocupar o cargo máximo do país, o de presidente da República. Com 99,98% das urnas apuradas até à 00h10 deste 1/11, a petista Dilma Rousseff (foto) obteve 56,05% dos votos válidos. Foi uma vitória esperada?: Sim, mas não extraordinária. Por se tratar de quem estava lhe apoiando – o presidente Lula –, este número poderia ter sido um pouco maior.
Apesar de diversos institutos de pesquisa terem dito que a candidata venceria – já no primeiro turno –, a batalha política se estendeu até o segundo. Se a margem de erro das intenções de voto tivesse sido de apenas três pontos percentuais para mais ou menos – ao invés de nove (em relação à Marina Silva, do Partido Verde), se poderia dizer que os brasileiros tinham certeza do que realmente queriam. Mas, não foi bem assim... No primeiro turno, Dilma Rousseff só tinha conseguido 46,91% dos votos válidos, enquanto José Serra (PSDB), 32,61%.
No dia 3/10, entre votos brancos e nulos o total era de 8,64%, além de 18,12% de abstenções. Já no dia 31, do mesmo mês, o número de brancos e nulos caiu para 6,7%, mas as abstenções aumentaram em mais de três por cento. Provavelmente, por causa da semana do feriadão!
Sem escrever notícia a favor de Dilma ou Serra, a ex-ministra da Casa Civil conseguiu superar barreiras, como a do preconceito, por ter sido a primeira mulher a chegar num cargo tão importante. Além disso, venceu a interferência de certas igrejas contra a sua candidatura.
As eleições de 2010 ficarão marcadas pelo “parasitismo” da política na religião: candidatos buscaram neste segmento uma sobrevivência, tornando-se religiosos e tentando provar que eram contra o aborto. Só para não perder votos! A intromissão da Igreja Católica e a Igreja Evangélica Assembléia de Deus Vitória em Cristo, do pastor Silas Malafaia, por exemplo, representou um retrocesso na sociedade.
O Partido dos Trabalhadores (PT) governará seguidamente o Brasil por 12 anos. Oito destes foi pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e mais quatro, por sua sucessora, a qual se dedicou de corpo e alma, ou se possível dizer, de modo exagerado.
Durante seu primeiro discurso – após eleita – Dilma Rousseff prometeu que zelaria pela liberdade de opinião, de imprensa e que lutaria para combater a miséria.
Os brasileiros residentes no exterior também puderam votar para presidente. O que é considerado um dever de cidadania deveria ser repensado, uma vez que não vivem no Brasil e não participam diariamente da vida política deste país. Talvez, fosse mais justo apenas uma justificativa, ao invés de tentar fazer número. A família Saito, que vive no Japão há cerca de 20 anos, por exemplo, também votou para eleger o próximo governante brasileiro. O mais intrigante é que pelo menos a filha Tatiane Saito, de 20 anos, sequer sabe o português, mas participou deste processo “democrático”. A jovem teria saído da nação sul-americana quando tinha um ano de idade, segundo o site G1. Não seria o caso de considerá-la analfabeta em relação ao nosso idioma?
Quando o voto deixar de ser obrigatório, se poderá de fato dizer que o Brasil é um país totalmente democrático, mas enquanto isso não acontecer, fica difícil acreditar em plena democracia.
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