Esta já é a terceira semana sem aula em várias unidades O que foi discutido na assembléia? UniverCidade: pagar ou não pagar as mensalidade...
Esta já é a terceira semana sem aula em várias unidades
O que foi discutido na assembléia?
UniverCidade: pagar ou não pagar as mensalidades??? Eis a questão!!! Provavelmente, esse foi um dos motivos para ter lotado o auditório do Sindicato dos Professores (Sinpro-Rio), na noite desta terça-feira (24/4), no Centro da capital carioca, na primeira assembléia dos estudantes. No entanto, não houve uma definição sobre o assunto. Apenas foi alertado aos mesmos que, eles não poderiam simplesmente deixar de pagar, porque, assim, poderiam ser considerados inadimplentes e ter seus nomes incluídos nos órgãos de proteção ao crédito (ex.: SPC), uma vez que a instituição deixou de ser sem fins lucrativos. Os alunos ouviram também que, poderiam entrar com processos contra a faculdade no Juizado Especial Cível (JEC) – popularmente conhecido como “Pequenas Causas” –, utilizando-se do Código de Defesa do Consumidor (Lei n° 8.078/90), ao alegar que estariam pagando por um serviço que não lhes é prestado. Para indenizações de até 20 salários mínimos (R$ 12.440) não haveria necessidade de advogado. Mas, acima disso, sim, informaram os representantes da Ordem dos Advogados do Brasil Jovem (OAB-RJ Jovem), da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, da União dos Estudantes do Estado do RJ (UEE-RJ) e da União Nacional dos Estudantes (Une), que marcaram presença no evento. É claro que, o número de participantes não chegava a um décimo do total de alunos, mas já foi alguma coisa!!!
São milhares de estudantes afetados pela greve dos professores, decorrente de pagamentos em atraso. Imagine só se cada um resolvesse entrar com um ação!!! Será que a Justiça – que já é lenta – daria conta??? Vale ressaltar que, para isso é preciso procurar o JEC mais próximo da residência, já que o órgão atende de acordo com o bairro onde o autor da ação mora. Quanto à questão de entrar com ações individuais ou coletivas, ficou a critério de cada um.
Os alunos teriam reafirmado outros protestos que vão ocorrer durante a semana: já nesta quarta-feira (25), às 17h, novamente na sede da Galileo Educacional, na Rua Sete de Setembro, 66, no Centro. Já na quinta-feira (26), outros dois eventos: às 9h da manhã, um protesto no campus Ipanema; e às 18h, nova assembléia dos docentes no sindicato da categoria. Uma manifestação já estaria sendo agendada para o próximo dia 2 de maio em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), na Rua Primeiro de Março. De lá, todos seguiriam mais uma vez para a sede do grupo controlador, que fica a alguns metros dali. Logo que o horário for confirmado, vai ser publicado neste site. Abordou-se, muito rapidamente, de talvez realizarem manifestações em frente ao Palácio Guanabara, sedo do governo fluminense.
Vários alunos parecem ainda não estar compreendendo o porquê de certos professores estarem dando aulas, e outros não. Mas, é como já tinha sido explicado por OPINÓLOGO: o grupo gestor colocou alguns docentes da UniverCidade para lecionarem na Universidade Gama Filho (UGF), e vice-versa. Mesmo que atuem em duas instituições distintas de um mesmo dono, esses profissionais estariam lotados em apenas uma delas. Os que fazem parte da primeira faculdade citada não estariam recebendo. Já os da segunda, sim.
Uma comissão foi criada por representações da sociedade civil mencionadas, para acompanharem a crise que tomou de conta da UniverCidade.
Manifestação na unidade Praça Onze
Ao mesmo que acontecia uma assembléia de alunos no Sinpro-Rio, alguns professores da UniverCidade teriam ido à unidade Praça Onze, também no Centro, para conversar com seus colegas e lhes pedir o apoio na suspensão das atividades. De início, teriam sido barrados, porque os seguranças pensaram que se tratavam de representantes do sindicato. Só, então, quando os mesmos disseram que eram professores de outras unidades, é que puderam subir e conversar com os demais.
Embora vários professores tivessem se mostrado solidários aos seus pares, comentaram se sentirem desconfortáveis para suspender as aulas, uma vez que estariam recebendo em dia por serem do quadro funcional da Universidade Gama Filho (UGF).
Provas
Essa terça-feira (24) foi tomada pelo suspense, uma vez que a UniverCidade não alterou sua data de início do ciclo de provas, apenas estendendo a final, de 12 para 19 de maio. Sabe-se que não houve exames em várias unidades, tais como: Ipanema e Gonçalves Dias. Contudo, não dá para generalizar, pela razão explicitada acima, e também, porque a faculdade alega que se seria um movimento parcial, o que é contestado pelos docentes.
O silêncio do MEC
Às 23h07, da última segunda-feira (23), OPINÓLOGO enviou um e-mail ao Ministério da Educação (MEC), para saber sua posição sobre a interrupção das aulas e a falta de pagamento dos professores. Até a publicação desta notícia, sequer tinha recebido resposta. Vale ressaltar que, o silêncio do órgão não é apenas a este site, mas a toda a sociedade civil, especialmente aos milhares de estudantes que estariam sendo prejudicados e que teriam optado pelo ensino privado.
Sabe-se que a educação neste Brasil não é lá essas coisas. Só no ano passado, segundo a Unesco (órgão das Nações Unidas para Ciência, Educação e Cultura), num total de 127 nações avaliadas, o gigante sul-americano – atualmente, sexta maior economia mundial – teria ficado em 88º lugar, atrás de países como: Bolívia, São Tomé e Príncipe, Botswana, Filipinas, El Salvador, entre outros. Sem aula, então, a tendência, provavelmente, é piorar!!!
Sobre a previsão de greve
Na publicação do último dia 19, este site informou que a greve seria por tempo indeterminado, uma vez que não havia data prevista para terminar, já que depende da boa vontade do grupo Galileo Educacional em pagar seus funcionários. No entanto, o OPINÓLOGO foi procurado por um professor para que fosse feito o seguinte esclarecimento: que a greve não seria por tempo indeterminado, mas, até a próxima quinta-feira (26), pelo menos, quando ocorrerá uma nova assembléia para decidir se continua ou não.
Esta já é a terceira semana sem aula em várias unidades da instituição. A primeira foi apenas uma paralisação, já as duas últimas, greve oficial formalizada no sindicato, após aprovação em assembléia.
Leia também:
UniverCidade: funcionários administrativos entram em greve
UniverCidade: estudantes ocupam a sede da Galileo Educacional
UniverCidade: greve se estende para maio
UniverCidade: funcionários administrativos entram em greve
UniverCidade: estudantes ocupam a sede da Galileo Educacional
UniverCidade: greve se estende para maio
COMMENTS