Informação atualizada em 21/02/2013, às 20h33 Para deputado da Alerj, situação do curso de Medicina da Gama Filho é “dramática”. Imagem...
Informação atualizada em 21/02/2013, às 20h33
Para deputado da Alerj, situação do curso de Medicina da Gama Filho é “dramática”.
Para deputado da Alerj, situação do curso de Medicina da Gama Filho é “dramática”.
Imagem: OPINÓLOGO –
Diego Francisco
Diego Francisco
Alunos da Universidade Gama Filho (UGF) fizeram uma manifestação, nesta quinta-feira (21/2), para protestar contra os atrasos salariais de seus professores, além dos problemas que os afetam, especialmente os que cursam Medicina, por causa dos atrasos no pagamento do convênio entre a instituição e a Santa Casa da Misericórdia – cujos depósitos não estariam sendo realizados desde junho de 2011, segundo a Associação de Docentes da Gama Filho (ADGF) – , o que dificulta as aulas práticas. O protesto começou por volta das 10h da manhã em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), no centro do Rio de Janeiro, sob um sol escaldante. Por volta das 12h20, os estudantes seguiram em direção ao prédio da reitoria, na Rua Sete de Setembro, que fica a alguns quarteirões. A ação foi encerrada às 13h50.
Na parte da manhã ocorreu no Legislativo fluminense mais uma audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga supostas irregularidades de faculdades privadas no estado. A expectativa era ouvir o depoimento de algum representante da universidade, mas ao que parece o presidente Alex Porto estaria viajando. Portanto, ele será esperado novamente às 10h30 da manhã da próxima terça-feira (26) em sessão extraordinária.
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Diego Francisco
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“Por que a sede é na Bahia? Não consigo entender, as duas faculdades são do Rio!”, indagou o presidente da Comissão, o deputado Paulo Ramos, que não detalhou se estaria se referindo à sede do grupo Galileo Educacional ou da Aliança Batista, quando abordou que o executivo da faculdade não poderia comparecer. Entretanto, é importante frisar que as empresas do novo acionista majoritário, o pastor Adenor Gonçalves, estão nos seguintes estados: Bahia, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo.
“A situação do curso de Medicina da Gama Filho é dramática!”, enfatizou o parlamentar.
Já na parte da tarde, os discentes se dirigiram até a sede do grupo educacional, onde continuaram protestando. Compareceram representantes do Sindicato dos Professores do Rio (Sinpro-Rio); do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (SinMed RJ); o presidente da União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro (UEE-RJ), Igor Mayworm; o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu; a presidente do Diretório Central Estudantil da UniverCidade (DCE-UC), Letícia Portugal; e o relator da CPI, o deputado Robson Leite. Este representante do Legislativo, por exemplo, criticou o grupo gestor, por desperdiçar a oportunidade de diálogo na Alerj, o que supostamente obrigaria a Casa a levar o caso ao Ministério Público.
Os presentes também se queixaram do adiamento das aulas, do dia 18 de fevereiro para o próximo dia 4 de março.
Como já é de praxe, a Polícia Militar parece ter sido acionada, chegando lá às 13h12, e constatou que o manifesto era pacífico e que nenhum dos estudantes estava impedindo a entrada e saída ao edifício. O mesmo teria sido fechado por precaução pelos seguranças da faculdade. “O senhor acha que se tivesse confusão, o deputado [Robson Leite] estaria aqui conosco, colocando sua imagem em risco?”, argumentou o presidente do Centro Acadêmico Albert Sabin dos Estudantes de Medicina da UGF (Camed), Rafael Iwamotto.
Alguns funcionários, por exemplo, teriam comprado lanche/almoço por telefone, com entrega no local. A entregadora teve que esperar por uns cinco minutos a boa vontade de os seguranças a deixarem entrar. Nenhum responsável pela instituição atendeu aos manifestantes.
Vídeo: OPINÓLOGO - Diego Francisco
Pôde se observar que, havia entre 100 a 150 alunos, em sua quase totalidade da Gama Filho, sendo que grande parte era do curso de Medicina. Por incrível que pareça, embora o manifesto também fosse para reclamar dos problemas que os docentes da UniverCidade – também da Galileo Educacional – estão enfrentando, só haviam três alunos. Professor que era bom, praticamente nada!!!
Em nota divulgada à imprensa, o DCE-UC citou vários problemas vividos pelos estudantes após a greve do ano passado, como a falta de produtos de limpeza e papel higiênico, por exemplo. Sabe-se que naquela ocasião, alguns universitários do curso de Teatro da UniverCidade, em Ipanema, estariam, supostamente, vendendo o pedaço de papel a R$ 0,15, mas teriam sido impedidos pelos seguranças. Provavelmente, deve ter sido um jeito de protestar com ironia pelo que estava acontecendo.
Uma nova promessa de pagamento dos salários de dezembro de 2012 e janeiro de 2013 teria sido feita pelo grupo controlador para a próxima terça-feira (26/2). Só falta saber se realmente será cumprida, porque já falharam outras vezes, como nos meses de dezembro e janeiro, por exemplo. “Se eu não receber, não contem comigo para dar aula”, comentou um docente ao OPINÓLOGO.
Imagem: OPINÓLOGO - Diego Francisco
Excluindo os que lecionam Medicina na UGF, os demais profissionais dessa instituição e da UniverCidade receberam, no último dia 7 de fevereiro – véspera da semana de Carnaval –, 50 por cento do salário de dezembro, e mais nada. Por causa disso, as aulas práticas aos alunos do curso supracitado foram suspensas na Santa Casa da Misericórdia.
À esquerda, Igor Mayworm (UEE-RJ), à direita, Daniel Iliescu (UNE). |
Excluindo os que lecionam Medicina na UGF, os demais profissionais dessa instituição e da UniverCidade receberam, no último dia 7 de fevereiro – véspera da semana de Carnaval –, 50 por cento do salário de dezembro, e mais nada. Por causa disso, as aulas práticas aos alunos do curso supracitado foram suspensas na Santa Casa da Misericórdia.
Panorama Medicina
Como disse o deputado Paulo Ramos, a situação do curso de Medicina realmente está “dramática”. Vale lembrar que, o mesmo era lecionado, por exemplo, no shopping Downtown, na Barra da Tijuca, zona oeste, sendo então proibido pelo Ministério da Educação (MEC), após reivindicação do SinMed RJ junto com o Sinpro-Rio.
Em janeiro do ano passado, dentre as centenas de demissões realizadas pelo grupo Galileo Educacional, pelo menos 140 seriam da área da saúde da UGF. Só que 41 destes, que seriam empregados da Santa Casa da Misericórdia, continuaram ensinando de graça aos seus discentes, para que não tivessem o currículo prejudicado. Somente no segundo semestre de 2012, que estes 41 foram readmitidos. Contudo, o SinMed RJ discute até hoje uma indenização pelo tempo que seus afiliados trabalharam sem receber.
Logo na primeira semana de janeiro do ano passado, estudantes da Gama Filho também haviam realizado um manifesto em frente ao prédio da reitoria, naquela vez reclamando do aumento surpresa nas mensalidades. O evento teve a cobertura exclusiva do OPINÓLOGO.
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¿Cadê o MEC?
Logo na primeira semana de janeiro do ano passado, estudantes da Gama Filho também haviam realizado um manifesto em frente ao prédio da reitoria, naquela vez reclamando do aumento surpresa nas mensalidades. O evento teve a cobertura exclusiva do OPINÓLOGO.
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