Funcionários administrativos discutem em assembleia se a greve deles continua ou não Greve dos docentes A greve dos professores da ...
Funcionários administrativos discutem em assembleia se a greve deles continua ou não
Greve dos docentes
A greve dos professores da Universidade Gama Filho (UGF) e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade) completa três semanas, nesta segunda-feira (1/4). A mesma começou no dia 11 de março nas duas instituições de ensino superior (IES).
No entanto, vale lembrar que as aulas nem chegaram a começar direito para a maioria dos estudantes. Uma vez que, teria início para 18 de fevereiro, mas foi adiada para o dia 4 de março. Os três primeiros dias seriam de atividades acadêmicas, e só a partir de então, que as aulas seriam aplicadas. Contudo, já no dia 7 de março, os docentes fizeram assembleias para votarem pela greve, com isso já paralisando as atividades.
Greve no quadro administrativo
Os funcionários administrativos das duas IES também estão em greve. Os da Gama Filho, por exemplo, desde o dia 15 do mês passado, enquanto os da Associação Educacional São Paulo Apóstolo (Assespa) – vinculada à UniverCidade –, desde o dia 21 do mesmo mês.
Sabe-se que, essa categoria estaria em assembleia, no final da tarde desta segunda-feira (1), para decidir se a greve continua ou não. A plenária é conjunta com empregados das duas instituições.
Um recente comunicado divulgado apenas no site da UGF, na última quinta-feira (28), dizia que o grupo Galileo Educacional ‘concluiu’ o pagamento de todo o quadro administrativo, ao quitar os salários dos 3% restantes dos empregados. O sindicato desses profissionais (SAAE-RJ) não pôde confirmar o feito, informando ao OPINÓLOGO que a assembleia ainda estaria em andamento. Segue o comunicado da Gama Filho, na íntegra:
“Comunicado sobre regularização salarial
A Galileo Educacional concluiu nesta quinta-feira a regularização salarial de todo o pessoal administrativo da Universidade Gama Filho (UGF) e da UniverCidade. O pagamento de salários beneficiou 3% dos funcionários que ainda tinham parcelas em atraso. Os demais já estavam com os vencimentos em dia.
Dessa forma, a mantenedora cumpriu o cronograma salarial estabelecido no início do mês. A direção do grupo espera informar, na próxima semana, a data de reinício das atividades acadêmicas, assim como o novo calendário, ressaltando que serão preservados os conteúdos e horas-aula.
A Galileo Educacional atendeu às principais reivindicações dos professores, ao assumir o compromisso de não efetuar demissões em 2013, antecipar o cronograma salarial e criar uma comissão paritária para acompanhar o pagamento de salários e benefícios.
A direção do grupo Galileo continuará firme em seu propósito de retomar as atividades em sala de aula, como parte de seu projeto de reestruturação. O objetivo é restabelecer o padrão de excelência no ensino superior, em benefício de toda a comunidade acadêmica”.
Sabe-se que, no quadro administrativo quem recebia até R$ 1.300 teve dinheiro em suas contas no último dia 19 de março. Já para os docentes, o limite era até R$ 4.500.
O terceiro parágrafo desse comunicado deixa margem a uma dúvida: quando disse ter antecipado o cronograma salarial dos educadores da UGF. Dá a entender que eles teriam recebido. No entanto, ao que parece tal informação não procederia. OPINÓLOGO entrou em contato com um representante da Associação dos Docentes da Gama Filho (ADGF), que afirmou não ter recebido nada até o momento. Do ponto de vista lógico, se a grana fosse depositada na quinta-feira (28), considerando o feriado da Sexta-feira Santa (29), a mesma era pra cair na conta até o próximo dia útil, ou seja, nesta segunda-feira (1). A previsão de pagamento é que amanhã (2) sejam pagos 50 por cento de janeiro mais 70 por cento de fevereiro. E no próximo dia 5/4, 70 por cento de março. Nessa condição está implícito o término da greve por parte dos professores da UGF, que aceitaram essa programação salarial. Caso tudo ocorra bem, as aulas poderiam começar dia 8 deste mês, mas não tem nada certo até então. Já os colegas do centro universitário disseram não à proposta. Não dá pra dizer que há uma antecipação salarial, porque os pagamentos já estariam sendo feitos com bastante atraso.
Alguns portais da grande mídia divulgaram, na última sexta-feira (29), que a mantenedora teria ‘quitado’ os débitos de docentes e do administrativo. De início, criando uma suposta esperança nos discentes, logo depois, indignação ao verificarem com seus educadores que eles não tinham recebido nada. Pelo menos um site retirou do ar a notícia, após um grupo de estudantes ter entrado em contato pelo Facebook com a jornalista que a editou.
O mais surpreendente nisso é: OPINÓLOGO, que está fazendo a maior e mais detalhada cobertura dessa situação, sequer recebeu uma notinha que fosse sobre esse pagamento e/ou qualquer outro detalhe. Seria no mínimo interessante para a mantenedora responder a esta página, se o intuito é manter sua credibilidade e resgatar a confiança ante a comunidade acadêmica e a opinião pública.
O SAAE-RJ se queixou do não comparecimento de representantes do grupo gestor a uma audiência no Ministério do Trabalho, na última quarta-feira (27). Segue a nota, também na íntegra:
“A falta de respeito com os trabalhadores caracterizou novamente a atitude do grupo Galileo: faltaram à mesa-redonda convocada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a pedido do SAAERJ, no dia 27 de março. Com isso, nem se tratou da greve nem da dispensa em massa pretendida pelo Grupo Galileo, mantenedor da Universidade Gama Filho e da UniverCidade.
Quanto a esse último ponto, aliás, os administradores propuseram acordo, em janeiro último, sobre a dispensa, mas o SAAERJ recusou porque não havia garantia de pagamento dos direitos dos trabalhadores. Como os representantes dos empregadores não compareçam à mesa-redonda, nosso Sindicato entrou no TRT com pedido de mediação da greve”.
Assembleias
Uma assembleia dos docentes da Universidade Gama Filho está prevista para a próxima sexta-feira (5), no campus da Piedade, após a confirmação da segunda etapa de pagamentos. Já na UniverCidade, para a segunda-feira que vem (8), no sindicato da categoria (Sinpro-Rio).
Fim da greve no Colégio Gama Filho
Ao menos o Colégio Gama Filho teria de fato encerrado a greve, na segunda-feira passada (25), conforme comunicado do grupo Galileo Educacional. Tal informação já foi constatada por OPINÓLOGO, para que não gerasse dúvida em seus leitores.
Estudantes a caminho de Brasília
Um grupo de estudantes da Gama Filho – grande parte do curso de Medicina – seguiu em marcha a Brasília, na tarde desta segunda-feira (1), para uma série de eventos: protesto no Planalto Central e audiência com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, por exemplo. A previsão da chegada é para a próxima terça-feira (2), e no final da noite dessa mesma data retornam ao Rio de Janeiro.
A viagem faz parte da campanha para chamar a atenção do Ministério da Educação (MEC) ante a gama de problemas que afeta as duas IES e teve apoio do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam). Os alunos também chegaram a fazer uma ‘vaquinha’ para tentarem alugar dois ônibus. Os problemas mais visíveis são: a greve dos docentes, o não pagamento do convênio com a Santa Casa da Misericórdia para a realização das aulas práticas de saúde, atrasos salariais, suposta falta de manutenção de elevadores e de insumos básicos que vão desde produtos de limpeza ao papel higiênico. No momento não haveria falta deste, pelo menos na recente visita que OPINÓLOGO fez na UGF.
Sabe-se que, no mês passado, alguns representantes do Centro Acadêmico Albert Sabin de Medicina da Gama Filho (Camed) estiveram no Distrito Federal já discutindo a crise com parlamentares.
Cade reavaliará fusões e aquisições na área da educação, diz jornal
Ao que parece, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pretende investigar fusões e aquisições na área da educação. O alvo inicial seria o grupo Anhanguera, considerado um dos maiores conglomerados do país nesse setor, de acordo com o portal “Estadão”.
OPINÓLOGO entrou em contato com o órgão, na última quinta-feira (28), para saber mais detalhes dessa operação e se a ação afetaria outros grupos, mas até a publicação desta notícia não tinha recebido resposta.
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