Informação atualizada em 03/04/2013, às 19h28 Grupo Galileo Educacional paga somente aos docentes da UGF e os da UniverCidade, não. Estes ...
Informação atualizada em 03/04/2013, às 19h28
Grupo Galileo Educacional paga somente aos docentes da UGF e os da UniverCidade, não. Estes não aceitaram o Termo de Compromisso.
Grupo Galileo Educacional paga somente aos docentes da UGF e os da UniverCidade, não. Estes não aceitaram o Termo de Compromisso.
Era só o que faltava!!! Apenas os docentes da Universidade Gama Filho (UGF), no Rio de Janeiro, foram contemplados, nesta quarta-feira (3/4), com o recebimento de 50 por cento do salário de janeiro mais 70 por cento de fevereiro por parte do grupo Galileo Educacional. Já os do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade), pertencente à mesma mantenedora, foram punidos com o não depósito dos mesmos, pelo menos os que foram consultados por OPINÓLOGO. Sabe-se que, estes não aceitaram o Termo de Compromisso que lhes foi sugerido. E, é bem possível que o feito se repita na próxima sexta-feira (5), para a quitação de 70 por cento do salário de março. Estes só querem discutir o encerramento da greve, que começou no último dia 11 de março – nas duas instituições –, mediante a liquidação de 100 por cento dos salários de janeiro, fevereiro, agora março, mais um terço das férias deste ano.
Mesmo assim, os depósitos demoraram a cair nas contas e supostamente nem todos da UGF ainda teriam recebido. O dinheiro só começou a aparecer por volta das 15h, já que a Associação dos Docentes da UGF (ADGF) ficou informando quase que de hora em hora por meio de notas. Também não há relatos de que os profissionais que furaram a greve tenham recebido. Contudo, ainda de acordo com essa mesma Associação, a mantenedora teria tido um ‘problema de remessa de arquivo’ e que a maior parte seria processada até a próxima quinta-feira (4), por volta das 13h, por estar mudando de banco. Só que também a mensagem não disse nada sobre os educadores do centro universitário.
“Isso é uma tremenda safadeza que estão fazendo com os nossos colegas da UniverCidade”, comentou um docente da Gama Filho ao OPINÓLOGO, ao saber do ocorrido.
A atitude da Galileo Educacional só coloca mais distante a possibilidade de encerrar a greve na UniverCidade, com isso, deixando alunos sem aula por mais tempo. Principalmente, quando não haveria de fato uma rodada de negociações entre representantes do grupo gestor com os do centro universitário, assim como existe com os da ADGF. Além do mais, os estudantes pagam pelo ensino, e não mereciam essa punhalada, porque não há outro nome para isso!!!
Um comunicado divulgado pela mantenedora inicialmente no site da Gama Filho, na quinta-feira passada (28/3), replicado apenas, na última terça-feira (2), para o da UniverCidade, alimentou uma ‘pseudoexpectativa’ de que o cronograma salarial teria sido antecipado em ambas instituições de ensino superior (IES). Vale frisar que, vários desses profissionais também foram induzidos por supostas esperanças, depois que alguns sites da grande mídia começaram a noticiar na semana passada, que o grupo educacional teria quitado os débitos pendentes com a categoria, o que de fato não tinha acontecido. Pelo menos para os do centro universitário, este 3 de abril está com cara de primeiro. Segue, novamente, o comunicado na íntegra:
“Comunicado sobre regularização salarial
A Galileo Educacional concluiu nesta quinta-feira a regularização salarial de todo o pessoal administrativo da Universidade Gama Filho (UGF) e da UniverCidade. O pagamento de salários beneficiou 3% dos funcionários que ainda tinham parcelas em atraso. Os demais já estavam com os vencimentos em dia.
Dessa forma, a mantenedora cumpriu o cronograma salarial estabelecido no início do mês. A direção do grupo espera informar, na próxima semana, a data de reinício das atividades acadêmicas, assim como o novo calendário, ressaltando que serão preservados os conteúdos e horas-aula.
A Galileo Educacional atendeu às principais reivindicações dos professores, ao assumir o compromisso de não efetuar demissões em 2013, antecipar o cronograma salarial e criar uma comissão paritária para acompanhar o pagamento de salários e benefícios.
A direção do grupo Galileo continuará firme em seu propósito de retomar as atividades em sala de aula, como parte de seu projeto de reestruturação. O objetivo é restabelecer o padrão de excelência no ensino superior, em benefício de toda a comunidade acadêmica”.
Ao que parece, apenas os 3% por cento restantes dos funcionários administrativos tinham recebido nesses últimos dias, inclusive a greve deles foi suspensa na última segunda-feira (1).
É preciso reconhecer que, mesmo diante de uma suposta ‘ingenuidade’ – como alegaram alguns docentes da UniverCidade para com os da Gama Filho, pelo fato desta ter aceitado o acordo com a mantenedora –, que a ADGF tem feito um trabalho de campo interessante: tenta negociar – mesmo que possa fracassar –, tem um blog que hoje é referência etc. Os do centro universitário já deveriam ter criado sua própria página, para que pudessem expor os problemas que enfrentam e tirarem dúvidas de alunos e companheiros de trabalho!!! Ainda assim, essa Associação mantém um pé atrás com seus patrões, porque em caso de eventuais descumprimentos salariais, poderia interromper imediatamente as atividades, visto que, a cada período de pagamento permanecerá em ‘estado de greve’. Na prática, o termo destacado significa estado de atenção ou de mobilização. Já os da UniverCidade se justificaram em assembleias passadas, dizendo que já teriam uma experiência mal-sucedida com a gestora desde a greve ocorrida em 2012 e que durou cerca de 40 dias, por não terem recebido até hoje as férias daquele ano, tampouco terem discutido outros débitos trabalhistas.
Repúdio
Em nota divulgada no blog “Professor Brasileiro”, o sindicato dos docentes (Sinpro-Rio) cobrou explicações do grupo Galileo Educacional e considerou o não pagamento aos da UniverCidade ‘ato discriminatório’, e disse ter comunicado o acontecimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que investiga supostas irregularidades nas instituições de ensino superior (IES). Segue o texto em sua totalidade:
“Atenção, professores(as) da UniverCidade
Ao sermos informados de que os professores da Universidade Gama Filho (UGF) receberam a parcela dos salários atrasados, mas a mesma medida não foi tomada em relação aos docentes da UniverCidade, tomamos as seguintes providências:
1 - Oficiamos o grupo Galileo, solicitando esclarecimentos e uma reunião urgente para tratar desses pagamentos, com a participação da representação dos professores da UniverCidade;
2 - Comunicamos ao presidente da CPI da Educação Superior Privada, da Alerj, deputado estadual Paulo Ramos, tal ato discriminatório;
3 - Estamos providenciando para amanhã, caso a situação não seja solucionada pelo grupo Galileo, outras medidas nas instâncias cabíveis.
Leia, abaixo, o conteúdo do ofício enviado hoje ao presidente do grupo Galileo:
Prezado Senhor Alex Porto,
O Sinpro-Rio recebeu, no dia de hoje, vários comunicados de professores da UniverCidade informando do não pagamento das parcelas salariais, referentes aos 50% de janeiro e 70% de fevereiro de 2013, propostas em ofício desta Mantenedora, e que ainda por sua vez, segundo informações destes, foram efetuadas aos professores da UGF.
Se tal fato ocorreu, consideramos ser este procedimento discriminatório e de extrema gravidade, o que contribui fortemente para conturbar, ainda mais, o ambiente universitário, em ambas as Casas.
Portanto, é urgente um encontro do Sindicato com os senhores para solucionarmos este impasse e podermos dar continuidade às negociações, com a presença, inclusive, dos professores representantes da UniverCidade, para resolvermos os problemas das duas IES.
Sem mais para o momento, aguardo retorno
Atenciosamente,
Wanderley Quêdo
Presidente do Sinpro-Rio”
O Diretório Estudantil da UniverCidade (DCE-UC) também divulgou nota de repúdio ao ocorrido. Seguem alguns trechos:
“(...) Esta é mais uma atitude desrespeitosa praticada por tal grupo para com seus docentes, funcionários e discentes. Mais uma vez se confirma a incapacidade do Grupo Galileo Educacional de administrar nossa Instituição e demonstra claramente que o mesmo não tem a intenção de dar fim à greve.
Lembramos que há menos de 1 ano sofremos uma greve de 47 dias, e os prejuízos à comunidade acadêmica foram enormes, refletindo na perda de qualidade e tradição da UniverCidade. O DCE vem, durante este período lutando pelos alunos que tanto sofreram – e sofrem – com uma faculdade que não honra com seus compromissos.
Esta greve que estamos vivenciando agora irá completar um mês no próximo dia 11, e o calendário acadêmico está sendo comprometido, bem como a já pouca credibilidade do Grupo Galileo (...)”.
Repúdio
Em nota divulgada no blog “Professor Brasileiro”, o sindicato dos docentes (Sinpro-Rio) cobrou explicações do grupo Galileo Educacional e considerou o não pagamento aos da UniverCidade ‘ato discriminatório’, e disse ter comunicado o acontecimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que investiga supostas irregularidades nas instituições de ensino superior (IES). Segue o texto em sua totalidade:
“Atenção, professores(as) da UniverCidade
Ao sermos informados de que os professores da Universidade Gama Filho (UGF) receberam a parcela dos salários atrasados, mas a mesma medida não foi tomada em relação aos docentes da UniverCidade, tomamos as seguintes providências:
1 - Oficiamos o grupo Galileo, solicitando esclarecimentos e uma reunião urgente para tratar desses pagamentos, com a participação da representação dos professores da UniverCidade;
2 - Comunicamos ao presidente da CPI da Educação Superior Privada, da Alerj, deputado estadual Paulo Ramos, tal ato discriminatório;
3 - Estamos providenciando para amanhã, caso a situação não seja solucionada pelo grupo Galileo, outras medidas nas instâncias cabíveis.
Leia, abaixo, o conteúdo do ofício enviado hoje ao presidente do grupo Galileo:
Prezado Senhor Alex Porto,
O Sinpro-Rio recebeu, no dia de hoje, vários comunicados de professores da UniverCidade informando do não pagamento das parcelas salariais, referentes aos 50% de janeiro e 70% de fevereiro de 2013, propostas em ofício desta Mantenedora, e que ainda por sua vez, segundo informações destes, foram efetuadas aos professores da UGF.
Se tal fato ocorreu, consideramos ser este procedimento discriminatório e de extrema gravidade, o que contribui fortemente para conturbar, ainda mais, o ambiente universitário, em ambas as Casas.
Portanto, é urgente um encontro do Sindicato com os senhores para solucionarmos este impasse e podermos dar continuidade às negociações, com a presença, inclusive, dos professores representantes da UniverCidade, para resolvermos os problemas das duas IES.
Sem mais para o momento, aguardo retorno
Atenciosamente,
Wanderley Quêdo
Presidente do Sinpro-Rio”
O Diretório Estudantil da UniverCidade (DCE-UC) também divulgou nota de repúdio ao ocorrido. Seguem alguns trechos:
“(...) Esta é mais uma atitude desrespeitosa praticada por tal grupo para com seus docentes, funcionários e discentes. Mais uma vez se confirma a incapacidade do Grupo Galileo Educacional de administrar nossa Instituição e demonstra claramente que o mesmo não tem a intenção de dar fim à greve.
Lembramos que há menos de 1 ano sofremos uma greve de 47 dias, e os prejuízos à comunidade acadêmica foram enormes, refletindo na perda de qualidade e tradição da UniverCidade. O DCE vem, durante este período lutando pelos alunos que tanto sofreram – e sofrem – com uma faculdade que não honra com seus compromissos.
Esta greve que estamos vivenciando agora irá completar um mês no próximo dia 11, e o calendário acadêmico está sendo comprometido, bem como a já pouca credibilidade do Grupo Galileo (...)”.
Cantando vitória
Sabe-se que, vários alunos da UGF estariam cantando vitória antes do tempo, ao acreditarem que as aulas terão reinício na próxima segunda-feira (8), se a assembleia, da próxima sexta-feira (5), no campus da Piedade, deliberar pelo fim da greve. Claro, desde que os 70 por cento do salário de março sejam realmente depositados!!!
Lá em Brasília...
Conforme noticiado ontem por OPINÓLOGO, o grupo de alunos da Gama Filho, que viajou até Brasília em dois ônibus, agora precisa de ajuda financeira para voltar. Seria cerca de 90 pessoas. Pois, a audiência com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, agendada para ontem (2), acabou sendo transferida para hoje (3) e eles resolveram ficar. E o aluguel dos transportes condicionava o retorno no mesmo dia.
Mercadante teve que acompanhar a presidenta Dilma Rousseff a alguns municípios cearenses, para a distribuição de ônibus escolares.
A ADGF divulgou a conta de um dos alunos, em busca de doações. Seguem, abaixo, os dados:
Nome: Allan Fernandes Cardoso
CPF: 101863967-59
Banco: Itaú
Agência: 5658
Conta Poupança: 20637-9
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