Termina a greve na UGF

Início das aulas já é nesta quarta-feira, 10 de abril. Muitos alunos da Universidade Gama Filho (UGF), no Rio de Janeiro, devem estar d...

Início das aulas já é nesta quarta-feira, 10 de abril.

Muitos alunos da Universidade Gama Filho (UGF), no Rio de Janeiro, devem estar dando graças a Deus, porque a greve dos professores – que durou 30 dias – foi encerrada na noite dessa terça-feira (9/4). A decisão foi tomada em assembleia realizada na unidade da Piedade. Com isso, as aulas se iniciam nesta quarta-feira (10). A greve teve início no último dia 11 de março, por causa de atrasos salariais.

A expectativa de término de greve era para a sexta-feira passada (5), com vista de que as aulas tivessem início na última segunda-feira (8). Porém, isso não aconteceu, pois pelo menos 26 professores ainda não tinham conseguido visualizar os pagamentos firmados entre a associação da categoria (ADGF) e o grupo Galileo Educacional: para o dia 2 de abril, 50 por cento do salário de janeiro mais 70 por cento do de fevereiro. E no dia 5 do mesmo mês, mais 70 por cento de março.

Em recente nota, o grupo educacional informou que os pagamentos já estariam regularizados tanto na Gama Filho quanto no Centro Universitário da Cidade (UniverCidade).

Já em outro comunicado, divulgado nessa terça-feira (9), no site da UGF, a mantenedora disse lamentar os transtornos causados pela greve. Segue o informe:

“Prezados Alunos, 

Inicialmente e mais uma vez pedimos desculpas pelos transtornos causados pela greve. 

Temos a grata satisfação de anunciar o reinício das aulas para esta quarta-feira, dia 10 de abril de 2013, quando será divulgado o novo Calendário Acadêmico. 

Ressaltamos que não haverá qualquer prejuízo no conteúdo dos cursos e todas as aulas serão devidamente repostas. 

Registramos que estamos em pleno processo de reestruturação, com o firme propósito de melhorar a qualidade de ensino e melhor capacitar nossos alunos para o mercado de trabalho. 

Cordialmente, 

GALILEO EDUCACIONAL 

Diretoria Executiva”

Um novo calendário acadêmico está sendo elaborado, e uma comissão paritária de docentes e representantes da mantenedora fiscalizará a execução dos próximos pagamentos nos prazos acordados no Termo de Compromisso. Vale mencionar que neste 2013, o Rio de Janeiro receberá a Copa das Confederações, dos dias 15 a 30 de junho; e a Jornada Mundial da Juventude, de 23 a 28 de julho. Falta saber se haverá ponto facultativo durante esses eventos ou não. Ainda, segundo uma notinha divulgada pelo colunista Ancelmo Góis, do jornal “O Globo”, a UGF cederia salas de aula para acolher os peregrinos desse evento religioso. Ao todo seriam 600 vagas. Esses estudantes não merecem ter de interromper de novo as aulas!!!

A greve está suspensa até o próximo dia 9 de maio, quando está sendo pré-agendada uma assembleia para discutir sobre a execução do pagamento de abril a ser realizado no quinto dia útil de maio (8). Sempre quando estiver perto de datas de recebimento, os educadores entrarão em estado de greve, que na prática significa um estado de mobilização ou de atenção. Em caso de descumprimento do cronograma, os professores poderiam interromper as atividades novamente. Isso faz com que os alunos também fiquem apreensivos em relação aos salários.

Professores da UniverCidade terão contrato na Gama Filho

Sabe-se que, os docentes da UniverCidade que também lecionam na UGF há pelo menos um ano, não possuem contrato de trabalho específico com essa segunda instituição de ensino superior (IES). Com isso, recebendo pela folha de pagamento da UniverCidade. Ao que parece, essa situação poderá ser regularizada, informou a ADGF.

Essa é uma saída importante, uma vez que os profissionais do centro universitário ainda não encerraram a greve, que também começou no último dia 11 de março. O que poderia fazer com que a volta às aulas na Gama Filho não fosse 100 por cento.

Os professores do centro universitário terão assembleia às 18h da próxima sexta-feira (12), no sindicato da categoria (Sinpro-Rio), onde votarão se continuam em greve ou a encerram.

Medicina: um caso especial

Foi dito pelo representante do Sindicato dos Médicos do Estado do Rio de Janeiro (SinMed RJ), Dr. Jorge Luiz do Amaral – conhecido como “Bigu” –, que os docentes que lecionam Medicina, principalmente os que atuam na Santa Casa da Misericórdia, não estariam animados a encerrar a greve, por causa de supostas pendências salariais antigas. Tal afirmação foi feita na semana passada durante a audiência na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), para analisar o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades no ensino superior privado fluminense; em entrevista ao OPINÓLOGO; e durante a assembleia dos docentes da UniverCidade, na última segunda-feira (8). No entanto, a Associação dos Docentes da Gama Filho (ADGF) acabou de divulgar nota, dizendo que as aulas naquela unidade hospitalar estariam previstas para começar nesta quarta-feira (10).

Quanto ao laboratório para o curso de Medicina e Engenharia, que tem um mandado de penhora por causa de dívidas trabalhistas, parece que o grupo educacional estaria encaminhando um pedido de substituição de penhora, para que as aulas não fossem afetadas. Os elevadores da unidade Piedade também estariam incluídos nesse processo judicial.

Só resta torcer para que o grupo Galileo Educacional consiga dar a volta por cima nessa crise institucional e financeira, dessa forma garantindo a saúde acadêmica!!!