Terça-feira, 16 de julho de 2013 Informação atualizada em 16/07/2013, às 14h45 Estudantes da Gama Filho ocupam reitoria no campus da Piedad...
Terça-feira, 16 de julho de 2013
Informação atualizada em 16/07/2013, às 14h45
Estudantes da Gama Filho ocupam reitoria no campus da Piedade
Informação atualizada em 16/07/2013, às 14h45
Estudantes da Gama Filho ocupam reitoria no campus da Piedade
Apesar de pertencerem ao mesmo grupo Galileo Educacional e estarem vivenciando os mesmos problemas, professores do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade) e da Universidade Gama Filho (UGF), no Rio de Janeiro, tomaram posições opostas em assembleias separadas realizadas nessa segunda-feira (15/7). Os da primeira instituição de ensino superior (IES) decidiram mantê-la, informou a Associação da categoria (Adoci); enquanto os da segunda IES, a suspenderam 'em solidariedade aos estudantes', disse a ADGF. O motivo da interrupção das atividades que começou nessa segunda-feira (15/7) em ambas instituições é porque até o presente momento, ninguém teria recebido o salário de junho acrescido com um terço das férias de 2011, conforme Termo de Compromisso firmado entre esses profissionais e a mantenedora em abril passado.
Passado o quinto dia útil deste mês de julho, a gestora prometeu que o depósito poderia ocorrer até o dia 12, o que também não aconteceu. Depois, explicou que teria tido um problema junto ao Banco Mercantil, que não liberou a grana para o pagamento. Inclusive, o grupo educacional teria tentado fazer um novo empréstimo junto ao Banco Cédula, que até então não se sabe se a transação já foi concluída.
UniverCidade
A assembleia dessa instituição ocorreu à tarde no Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região (Sinpro-Rio).
“(...) São 15 dias de atraso do salário de junho, mais 530 dias referentes às férias de 2011 até a data de hoje.
Diante do cenário de incertezas e expectativas, não restou à Adoci levar ao conhecimento da categoria para, juntos, inclusive após reunião com os gestores, com o MEC e com o Sinpro-Rio, que ocorreu antes da Assembleia, levar à categoria o conhecimento dos fatos reais: O Grupo Galileo não tem dinheiro para cumprir a promessa feita; o Banco Mercantil do Brasil não autorizou o empréstimo aos gestores das duas IES.
Vimos lutando incansavelmente pelo cumprimento dos acordos feitos pelos gestores e, principalmente, pelos direitos e respeito aos professores. Porém, de forma capciosa, a direção vem conduzindo suas atitudes de forma velada, fazendo inclusive ameaças por e-mail, aos coordenadores sobre o suposto marketing negativo da imagem da instituição, com a determinação da greve, induzindo-os a utilizar pressão aos professores para não aderirem à greve. Como se a única arma que os trabalhadores têm, que é a greve, fosse a causa e não o efeito de uma administração desastrosa, desrespeitosa, onde nem os estudantes são aliviados da mão pesada do descaso, quando se deparam com aumento das mensalidades, suspensão das bolsas de estudo e dos benefícios oferecidos pelos gestores para aqueles que foram obrigados a estudar em outra Unidade, longe dos seus locais de origem”, manifestou a Adoci.
“(...) E ainda assim, vimos com tristeza, colegas de trabalho agindo segundo seu próprio interesse, vislumbrando o próprio umbigo, sem se importar com o coletivo e sim com seus assuntos pessoais, sabedores de que, ao haver benefício para a categoria, serão também beneficiados. Colegas furando a greve, passando por cima de uma decisão de Assembleia, aplicando prova, recebendo trabalhos por e-mail, fazendo aluno assinar Ata de Avaliação, como se nada estivesse acontecendo.
Alertamos a esses colegas que as decisões individualistas não terão o apoio da Adoci, sejam quais forem suas consequências. Segundo parecer do Jurídico da Adoci, no Direito existe um termo chamado 'Sina lágrima', é uma obrigação de ambas as partes. Se o professor aplica a prova, a instituição pode cobrar dele o lançamento da nota. Se o professor não aplica a prova, a instituição não pode cobrar a segunda nota, porque ele não aplicou a prova em função da greve, que é legítima. Àqueles professores que estão aplicando a prova, a despeito da decisão de greve, mas que retém a nota para ser lançada após a greve, a instituição pode até demiti-los por justa causa, pois eles aplicaram a prova, e não lançaram a nota; logo, estão descumprindo uma obrigação contratual, trabalhista. Não lançar a nota e reter a prova e a Ata de Presença, caracteriza retenção de documento, o que vai contra o direito do aluno, que assinou o documento e fez a prova, tendo o direito a obter a prova para si. O aluno pode entrar com ação no Juizado Especial, e o juiz, por sua vez, emitirá uma liminar, obrigando a instituição a lançar a nota e devolver o documento ao aluno, sendo passível ao professor ser demitido por justa causa.
Alertamos a esses colegas que as decisões individualistas não terão o apoio da Adoci, sejam quais forem suas consequências. Segundo parecer do Jurídico da Adoci, no Direito existe um termo chamado 'Sina lágrima', é uma obrigação de ambas as partes. Se o professor aplica a prova, a instituição pode cobrar dele o lançamento da nota. Se o professor não aplica a prova, a instituição não pode cobrar a segunda nota, porque ele não aplicou a prova em função da greve, que é legítima. Àqueles professores que estão aplicando a prova, a despeito da decisão de greve, mas que retém a nota para ser lançada após a greve, a instituição pode até demiti-los por justa causa, pois eles aplicaram a prova, e não lançaram a nota; logo, estão descumprindo uma obrigação contratual, trabalhista. Não lançar a nota e reter a prova e a Ata de Presença, caracteriza retenção de documento, o que vai contra o direito do aluno, que assinou o documento e fez a prova, tendo o direito a obter a prova para si. O aluno pode entrar com ação no Juizado Especial, e o juiz, por sua vez, emitirá uma liminar, obrigando a instituição a lançar a nota e devolver o documento ao aluno, sendo passível ao professor ser demitido por justa causa.
Com relação ao e-mail da reitoria, que lembra os coordenadores que eles têm autonomia sobre o curso, não se esqueçam de que existe um ESTATUTO que reza que para demitir professor, é preciso ter a aprovação do Conselho Universitário, do qual dois diretores da Adoci fazem parte. Outro fator importante, é que existe um TERMO DE COMPROMISSO assinado pela instituição que não pode demitir professores até JULHO DE 2014 (...)”, continuou.
UGF
Em nota publicada no início desta madrugada, a ADGF informou que a greve teria sido suspensa para que o calendário acadêmico – realização de provas e lançamento de notas – fosse cumprido. A assembleia foi realizada no campus da Piedade. A próxima será ao meio-dia do próximo dia 22 de julho.
“(...)A Assembleia tinha como pauta a avaliação dos procedimentos diante da falta de credibilidade da Galileo, devido os atrasos de pagamento, por um lado, e as demandas dos estudantes com referência à conclusão do semestre, em especial para os alunos da Saúde, que tem as provas do Enade e os da Medicina, do 8º período, que tem o ingresso no internato. A assembleia observa que a Mantenedora Galileo ainda não nos presta informações adequadas sobre o processo de financiamento das atividades acadêmicas, bem como, sobre a manutenção dos campi (sua infraestrutura, limpeza e segurança) e, especialmente, o custeio dos salários de funcionários e professores. Apesar das novas informações, prestadas pela Direção da Galileo, sexta-feira, e das novas informações de hoje, que indicam que a partir de amanhã, 13h, haverá informação precisa sobre o pagamento a ser efetuado até quinta-feira, a assembleia não confia nas informações prestadas pela Mantenedora (...)”, publicou a ADGF.
Ocupação do prédio da reitoria
Imagem: Camed - UGF / Reprodução
Imagem: Camed - UGF / Reprodução
Literalmente acampados |
Alunos da Universidade Gama Filho ocuparam, na tarde dessa segunda-feira (15), o prédio da reitoria do campus da Piedade (foto 1). Boa parte deles é do curso de Medicina, que até a publicação desta notícia continuava lá. Se bem que essa ocupação poderia ter surtido mais efeito se fosse no prédio da mantenedora, no centro do Rio, uma vez que a unidade estudantil em questão é de livre acesso aos mesmos, enquanto o administrativo, não. A presença deles é uma forma simbólica de protestar contra os velhos problemas que estariam se repetindo, segundo os mesmos: banheiros em péssimos estados de higiene, falta de manutenção de elevadores e equipamentos etc.
“(...) Estamos passando pela pior crise dos ricos 74 anos de história dessa IES, fundada em 1939. Tentamos, fracassadamente, por diversas vezes o diálogo com a Galileo, porém os diretores dessa empresa se esquivam de tal debate, chegando ao cúmulo de falar que a empresa não tem compromisso com os alunos, fato que discordamos, já que assumimos um compromisso quando nos matriculamos na Universidade Gama Filho e o renovamos todo o semestre, quando fazemos a rematrícula. Tais palavras soam como uma cuspida no rosto dos alunos e familiares, razão pela qual a universidade existe.
Essa ocupação não é um ato contra a reitoria e/ou pró-reitorias instalados nesse prédio, e sim contra essa mantenedora que insiste em acabar com uma das mais tradicionais instituições do Brasil.
Por outro lado, o MEC não cumpre o seu papel, deixando os alunos a mercê da própria sorte e utilizando medidas totalmente paliativas para amenizar a situação. Exaltamos aqui a importância da INTERVENÇÃO IMEDIATA DO MEC na nossa universidade, antes que seja tarde demais, como é de costume acontecer pelo país (...)”, disseram os estudantes do Centro Albert Sabin de Medicina (Camed).
Denunciado pelas redes sociais
Imagem: Facebook / Divulgação
O nome do dono do perfil está abaixo na foto |
A comunidade acadêmica se mostrou indignada, pelo menos parte dela, ao ver uma foto publicada pelo atual reitor da UniverCidade, Manoel Messias Peixinho, em seu perfil no Facebook, de uma cafeteria em Bordeaux (foto 2), na França, nessa segunda-feira (15). Embora ele não apareça na imagem, subentende-se que ele estivesse lá, já que teria sido postada por celular. Em outro post, ele publicou que estaria em uma universidade naquele país. Focou-se aqui apenas a imagem, preservando o usuário que a visualizou. Houve estudantes, cujos nomes serão preservados, que criticaram a viagem, e que isso supostamente alegaria uma falta de preocupação com a crise que a instituição enfrenta. Não se sabe o motivo dessa viagem, tampouco houve tentativa de contato por parte de OPINÓLOGO, considerando as outras que nunca tiveram resposta junto à IES. Então essa seria apenas mais uma possível perda de tempo.
O reitor professor Manoel Peixinho entrou em contato com este site, deixando um comentário, abaixo, explicando o porquê de sua viagem. Ele estaria fazendo um pós-doutorado na Europa, em convênio com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio), que começou em 2012. No entanto, vale salientar, que em nenhum momento OPINÓLOGO disse que ele estaria fazendo 'turismo', e sim que estava na França como foi postado em seu perfil no Facebook. Mais uma vez, é preciso destacar que este jornalista sempre preza pela busca da verdade, e como já foi dito aqui em algumas ocasiões, a mantenedora nunca respondeu às tentativas de contato, que seria fundamental nesse processo de política de transparência que quer exaltar junto à comunidade acadêmica. Esta reportagem também deixou claro, que desta vez não procurou o grupo educacional pela razão explicitada. Mas, se coloca à disposição para isso, para que se possa sempre ouvir todos os lados.
O reitor professor Manoel Peixinho entrou em contato com este site, deixando um comentário, abaixo, explicando o porquê de sua viagem. Ele estaria fazendo um pós-doutorado na Europa, em convênio com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio), que começou em 2012. No entanto, vale salientar, que em nenhum momento OPINÓLOGO disse que ele estaria fazendo 'turismo', e sim que estava na França como foi postado em seu perfil no Facebook. Mais uma vez, é preciso destacar que este jornalista sempre preza pela busca da verdade, e como já foi dito aqui em algumas ocasiões, a mantenedora nunca respondeu às tentativas de contato, que seria fundamental nesse processo de política de transparência que quer exaltar junto à comunidade acadêmica. Esta reportagem também deixou claro, que desta vez não procurou o grupo educacional pela razão explicitada. Mas, se coloca à disposição para isso, para que se possa sempre ouvir todos os lados.
Ao que parece, a França é um país amado pelos executivos da mantenedora. Em maio do ano passado, por exemplo, o ex-reitor e atual acionista do grupo Márcio André Mendes Costa chegou a postar uma foto com um bebê em frente a Torre Eiffel, após deixar a reitoria. O feito repercutiu mal, tendo em vista que na ocasião a UniverCidade estava em greve devido a atrasos salariais.
Sobre a greve
Essa é a segunda vez, só em 2013, que os docentes do Centro Universitário suspendem as aulas, sem deflagrar oficialmente o fim da greve anterior. A primeira parada ocorreu há três meses e durou uns 30 dias. Na época, os da UGF acompanharam. Desta vez, só se limitaram a um dia.
Sobre a greve
Essa é a segunda vez, só em 2013, que os docentes do Centro Universitário suspendem as aulas, sem deflagrar oficialmente o fim da greve anterior. A primeira parada ocorreu há três meses e durou uns 30 dias. Na época, os da UGF acompanharam. Desta vez, só se limitaram a um dia.
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