Quinta-feira, 16 de janeiro de 2014 Imagem: Reprodução / Copiada por OPINÓLOGO Site religioso fora do ar OPINÓLOGO divulga em prime...
Imagem: Reprodução / Copiada por OPINÓLOGO
Site religioso fora do ar |
OPINÓLOGO divulga em primeira mão, que sites de empresas do acionista majoritário do grupo Galileo Educacional, o pastor Adenor Gonçalves dos Santos, estão fora do ar, tais como: o 'Comunicando Verdades' (foto 1), usado para fins religiosos; o do Sistema Semear de Comunicação (foto 2), seu conglomerado empresarial composto por emissoras de rádio, construtoras, empresas no ramo do petróleo e hospitalar etc.; além dos das próprias empresas como a Fazenda Juriti, o Brasil Pressal, a Construtora Polikraft, e por aí vai... Nem o seu portal evangélico 'Deus Salve o Brasil' – no qual ele cita que seu nome já estaria incluído no Livro da Vida – ficou fora disso. Já o da Aliança Batista não foi afetado.
Aparentemente, não há nenhum problema com os domínios dos portais do empresário no Registro.br, entidade oficial que gere os domínios de internet nacionais.
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Logos das empresas do Sistema Semear de Comunicação |
O fato coincide com o recente descredenciamento da Universidade Gama Filho (UGF) e o Centro Universitário da Cidade (UniverCidade), mantidos pelo grupo em questão, por parte da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) – vinculada ao Ministério da Educação (MEC) – cuja medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), na última terça-feira (14/1). Ambas as instituições de ensino superior (IES) ficam no Rio de Janeiro.
Talvez seja possível supor que a retirada das páginas na internet se tratasse de uma medida para que a crise do grupo educacional não respingasse nas demais companhias do líder religioso como aconteceu há pouco tempo, quando a Prefeitura do Rio deixou de firmar contrato com a organização social AçãoMedVida, que ganhou uma licitação para administrar leitos em um hospital público, porque, supostamente, a entidade de saúde seria ligada ao pastor. O site da AçãoMedVida está no ar normalmente. Em nota, a organização negou informação noticiada pelo jornal 'O Dia'. Segue o texto:
“AçãoMedVida – Associação Internacional de Ações Humanitárias faz um esclarecimento à sociedade referente as últimas matérias jornalísticas publicadas pelo jornal O Dia e Dia online.
Esclarecemos que:
1. A AçãoMedvida não integra o Grupo Galileo Educacional S/A;
2. Que nenhum dos acionistas ou diretores da Galileo Educacional S/A faz parte da Ação MedVida;
3. A AçãoMedvida mantém convênio com a Universidade Gama Filho para uso dos espaços como cenário de ensino;
4. Esclarecemos também que a AçãoMedvida participou de um processo licitatório para locação de leitos em hospitais privados, junto a Prefeitura do Rio de Janeiro, exclusivamente para a locação e gestão de leitos do seu próprio hospital;
5. A instituição venceu a concorrência, mas não assinou o contrato. Portanto, a informação de que o contrato com a Prefeitura do Rio estaria rescindido, não procede;
6. A AçãoMedvida é uma instituição de Utilidade Pública Federal que possui hospitais próprios. Portanto, poderá locar os leitos do seu próprio hospital à instituições privadas e públicas sem qualquer impedimento.
A AçãoMedvida é uma instituição com mais de 35 anos de história e todas as suas atividades sociais, educacionais e de saúde são permeadas por suas experiências no que tange o respeito, a valorização do ser humano, a ética e a transparência”.
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Bom, quanto ao item 2, não é exatamente isso que mostra o portal do Diretório do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais (PT-MG), ao divulgar uma nota (foto 3) de que Adenor dos Santos seria diretor da AçãoMedVida. Portanto, e supostamente, desmentindo a declaração acima. Vale lembrar que a publicação no site petista não tem data.
No submenu 'Livros Publicados' do portal da AçãoMedVida aparecem releases de alguns livros publicados pelo empresário e líder evangélico (foto 4).
Sobre o grupo
Conforme já relatado anteriormente e em primeira mão por OPINÓLOGO, a história do grupo Galileo Educacional chega a ser mais misteriosa do que a origem do universo. A mantenedora surgiu do nada, assim como Afrodite, que surgiu das espumas do mar, ou Atena, que nasceu já adulta após a cabeça de Zeus se partir ao meio. Só que nesse caso quem sentiu as dores foram os alunos e empregados da UGF e da UniverCidade.
Em maio de 2010, foi criada a empresa Rio Guadiana Participações S/A, sociedade anônima de capital fechado, com capital de R$ 800, pelos empresários Eduardo Duarte e Simone Burck Silva. Em agosto daquele mesmo ano, a razão social é alterada para Galileo Administradora de Recursos Educacionais S/A, porém mantendo o mesmo CNPJ. A partir de então, a empresa passa de mão e vai para o empresário e ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) Márcio André Mendes Costa. A nova companhia tem capital social de R$ 2 milhões.
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Site da organização social de saúde |
Em 1° de dezembro de 2010, nascia então a Galileo SPE Gestora de Recebíveis S/A, que tinha por finalidade transferir a mantença da Gama Filho para a Galileo Administradora de Recursos Educacionais S/A.
Entre 2010 e 2011, o grupo Galileo Educacional adquiriu a Gama Filho e a UniverCidade, respectivamente. Logo quando essa gestora começou a operar nas IES, principalmente na segunda, os salários eram pagos regularmente em dia, até que 22 de dezembro de 2011, faltando apenas três dias para o natal, os docentes ainda não tinham recebido nem o pagamento de novembro nem o 13° salário. Naquela mesma época ocorreram demissões em massa e houve aumento de mensalidades, cujo percentual estava sendo considerado abusivo por parte dos estudantes. 2012 prometia ser assustador...
Em julho de 2012, o grupo educacional anunciou a 'reestruturação' de seu corpo diretor. Ao final de outubro do mesmo ano, entra um novo acionista, o então pastor Adenor dos Santos, e sai de cena, não totalmente, Márcio Costa.
Apesar de os antigos executivos do grupo terem negado em determinadas ocasiões, ainda existe dúvida se o ex-dono da UniverCidade, Ronald Levinsohn, teria algum tipo de vínculo com a instituição.
Sabe-se também que os antigos proprietários da Gama Filho estaria tentando reverter a mudança de mantença. Todavia, não está claro se para administrá-la novamente ou para revendê-la.
Ao longo desses mais de dois anos, reitores foram trocados várias vezes nas duas IES.
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