Quinta-feira, 27 de março de 2014 Os funcionários administrativos do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade) e da Universidade Gama...
Quinta-feira, 27 de março de 2014
Os funcionários administrativos do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade) e da Universidade Gama Filho (UGF), no Rio de Janeiro – ambos pertencentes ao grupo Galileo Educacional –, que estão sendo convocados para dar baixa na carteira de trabalho, estariam, supostamente, tendo que arcar com a despesa do exame demissional, denunciou o Sindicato dos Auxiliares da Administração Escolar do Rio de Janeiro (SAAE-RJ), recentemente.
Os funcionários administrativos do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade) e da Universidade Gama Filho (UGF), no Rio de Janeiro – ambos pertencentes ao grupo Galileo Educacional –, que estão sendo convocados para dar baixa na carteira de trabalho, estariam, supostamente, tendo que arcar com a despesa do exame demissional, denunciou o Sindicato dos Auxiliares da Administração Escolar do Rio de Janeiro (SAAE-RJ), recentemente.
Em carta enviada aos gestores, o sindicato disse ter recebido 'inúmeras reclamações' por parte dos seus associados, e instou que a mantenedora cumprisse o que determina o artigo 168 das leis trabalhistas: que exames admissionais, demissionais e/ou periódicos sejam custeados pelo empregador.
OPINÓLOGO não entrou em contato com o grupo educacional. Mas, ressalta que está à disposição, caso haja interesse para maiores esclarecimentos junto aos leitores.
As demissões são consequências do descredenciamento das duas instituições de ensino superior (IES) por parte do Ministério da Educação (MEC), no último dia 14 de janeiro, sob alegação de suposta 'baixa qualidade acadêmica'.
Supostos empregados da Assespa publicam informe contra o acionista pastor
Imagem: Divulgação
Material no jornal |
Supostos funcionários da Associação Educacional São Paulo Apóstolo (Assespa) – a antiga mantenedora da UniverCidade – publicaram um informe publicitário no jornal 'Povo do Rio' (fotos), no último dia 21 de março, à procura do acionista majoritário do grupo Galileo Educacional, o pastor Adenor Gonçalves dos Santos. O material fez um apelo ao MEC para que olhasse com atenção a situação desses trabalhadores, porém deixa a desejar, é digno de indagações e chega a ser um insulto à inteligência:
1) Por afirmar que a greve dos docentes foi 'ordenada' pelo Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região (Sinpro-Rio), e que isso teria levado a UniverCidade e a Gama Filho ao caos. A entidade aqui não ordenou nada!!! Os professores – melhor dizendo, os poucos que compareceram às assembleias – votaram por suspender as atividades em decorrência dos inúmeros atrasos salariais.
Os funcionários administrativos também promoveram greves. E nesse aspecto se mostraram bem mais unidos até do que os professores, por realizarem assembleias unificadas, enquanto os educadores, separadas. Se isso puder ser levado em conta, então também teriam culpa.
Os funcionários administrativos também promoveram greves. E nesse aspecto se mostraram bem mais unidos até do que os professores, por realizarem assembleias unificadas, enquanto os educadores, separadas. Se isso puder ser levado em conta, então também teriam culpa.
2) Por chamar o antigo proprietário da UniverCidade, o empresário Ronald Levinsohn, de 'amigo'. É importante frisar que desde 2003, quando ele ainda era o gestor, existiam relatos de não cumprimento de obrigações trabalhistas, tais como: atrasos nos salários, o não repasse ao INSS, e por aí vai... O 13° salário de 2007, por exemplo, nunca terminou de ser pago.
Imagem: Divulgação
Para que o leitor possa ler melhor |
3) Por eximir o fundador do grupo Galileo Educacional, o empresário Márcio André Mendes Costa, de qualquer responsabilidade sobre o fim das duas instituições de ensino. Quando ele assumiu a UGF e a UniverCidade, em 2010 e 2011, respectivamente, já deveria ter conhecimento das dívidas milionárias de ambas.
Não custa nada lembrar que existe uma suposta 'guerra' entre os antigos e atuais sócios do grupo empresarial. Os de agora, liderados por Adenor dos Santos, buscam na Justiça o paradeiro dos R$ 100 milhões em debêntures emitidos, em 2010, pelos antigos acionistas, cujos investidores são os fundos de pensão dos Correios (Postalis), da Petrobras (Petros) e o Banco Mercantil, este que intermediou tudo.
4) Por tentar direcionar unicamente ao pastor Adenor dos Santos toda a culpa pelo fim das duas IES. Quando este assumiu a mantença, já haviam dívidas que somadas – das UniverCidade e da Gama Filho – chegariam a R$ 900 milhões, conforme relatado pelo presidente do grupo, Alex Porto, durante audiência na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades em IES privadas fluminenses, em fevereiro de 2013.
Na verdade, a presença 'imaterial' – ou sobrenatural – de Adenor dos Santos, já que nunca foi visto no meio acadêmico, serviu para bagunçar mais o que já estava uma desordem.
“(...) Ocorreu, Senhor Ministro que, enquanto o BISPO negociava um grande novo lançamento de debêntures no valor de R$ 400 MILHÕES com a banca, com garantias de recebíveis do curso de Medicina, nossos salários não eram pagos. (sic) Pretendia o PROCURADO [o Adenor] liquidar as debêntures anteriores vendidas à POSTALIS e a PETROS antes que se descobrisse o malfeito. Aproveitando-se da situação, o Sindicato dos Professores [o Sinpro-Rio] 'vendeu' a ideia de pressionar o MEC para federalizar as instituições e garantir empregos federais, perpétuos, aos distintos sindicalizados … O plano não deu certo porque as vagas foram transferidas para outras instituições e todos foram demitidos (...)”, declaram os supostos funcionários no informe.
O material publicitário ainda enfatizou para que não se deixasse acabar as obras sociais patrocinadas pela Assespa, como o a ONG Solar Menino de Luz, na zona sul do Rio, e o grupo de pesquisa social na comunidade de Rio das Pedras, na zona oeste.
É preciso esclarecer que não há nada contra os personagens supracitados nesta reportagem. A proposta deste site é apenas fazer uma análise consistente e verdadeira sobre os acontecimentos.
É preciso esclarecer que não há nada contra os personagens supracitados nesta reportagem. A proposta deste site é apenas fazer uma análise consistente e verdadeira sobre os acontecimentos.
OPINÓLOGO tentou entrar em contato com os responsáveis pelo informe, mas até o momento não havia recebido respostas.
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