Sexta-feira, 31 de outubro de 2014 O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nessa q...
Sexta-feira, 31 de outubro de 2014
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nessa quinta-feira (30/10), uma 'auditoria especial' para apurar o processo eleitoral de 2014. A fiscalização seria feita por uma comissão composta por membros dos partidos políticos. Os motivos seriam as denúncias de supostas irregularidades – não informadas –, ocorridas durante o segundo turno, no último domingo (26), ademais do 'quadro de desconfiança por parte considerável da população brasileira'. Segue, abaixo, a nota na íntegra:
“Foi com muita ansiedade que a nação brasileira aguardou o anúncio do resultado da eleição presidencial, em segundo turno, no último dia 26 de outubro. Enquanto aguardava, em todos os cantos deste país começaram a ser apresentadas denúncias sobre fatos ocorridos durante a votação, principalmente com relação à própria totalização dos votos.
Temos absoluta confiança de que o Tribunal Superior Eleitoral – TSE cumpriu seu papel, garantindo a segurança do processo eleitoral. Todavia, com a introdução do voto eletrônico, as formas de fiscalização, auditagem dos sistemas de captação dos votos e de totalização têm se mostrado ineficientes para tranquilizar os eleitores quanto a não intervenção de terceiros nos sistemas informatizados.
Diante deste quadro de desconfiança por parte considerável da população brasileira, o Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB decidiu apresentar ao TSE, no dia de hoje (30/10), um pedido de auditoria especial, por meio de uma comissão formada por pessoas indicadas pelos partidos políticos, objetivando a fiscalização dos sistemas de todo o processo eleitoral, iniciando-se com a captação do sufrágio, até a final conclusão da totalização dos votos.
Este pedido objetiva, acima de tudo, manter a confiança dos cidadãos brasileiros em suas Instituições e na nossa democracia, pois é este o elemento indispensável para que a legitimidade dos poderes constituídos seja preservada.
Reiteramos nossa confiança na Justiça Eleitoral. Portanto, o que pretendemos com essa medida judicial é garantir que todo e qualquer cidadão também possa ter a certeza de que nossos representantes políticos são, de fato, aqueles que foram escolhidos pelo titular da soberania nacional: o povo brasileiro.
Diretório Nacional do PSDB”.
O TSE ainda não se manifestou oficialmente se vai atender ou não tal reivindicação.
Críticas
Ao que parece, o requerimento do PSDB teria sido criticado pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, o ministro João Otávio de Noronha, segundo o 'Estadão'. O representante do TSE disse que não há nada que comprometa a lisura do processo eleitoral e criou um empecilho: quem deveria fazer tal solicitação era a coligação Muda Brasil, de Aécio Neves, não o PSDB.
Em nota, o Partido dos Trabalhadores (PT) criticou a petição online no site da ONG Avaaz sobre o impeachment de Dilma Rousseff, e acusou partidários do rival PSDB de quererem criar o 'terceiro turno'. Também disse que a mandatária seria vítima de quem não aceita a democracia e 'a vontade popular demonstrada nas urnas'. E falou também das mobilizações na internet sobre seu impeachment. Ainda nominou personalidades, ao alegar suposta incitação. São eles: o colunista Reinaldo Azevedo, da revista 'Veja'; o apresentador Danilo Gentili, do SBT; e o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP).
Breve análise
1) O TSE começou a apurar as urnas a partir das 17h do horário de Brasília nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, quando então a votação foi encerrada nesses estados. No entanto, não divulgou até as 20h o resultado, tendo em vista que no Acre havia uma diferença de menos três horas. Isto é: 17h em Brasília, no horário brasileiro de verão, eram 14h em Rio Branco. Se o resultado fosse mostrado antes, poderia influenciar o eleitor que ainda estivesse votando. Então, quando deu 17h no Acre, último estado a votar, sendo 20h em Brasília, a população pôde acompanhar o restante da apuração, que já apareceu com mais de 80% das urnas escrutinadas e uma leve vantagem de Dilma Rousseff sobre Aécio Neves.
2) Nenhum órgão, sistema ou governo está acima do bem e do mal que não possa, não deva ou não mereça ser questionado. Isso é democracia, o direito do povo!!! O candidato derrotado, sua legenda ou a coligação tem o direito de solicitar uma revisão de todo o processo, desde o início da votação e fechamento das urnas, o trajeto feito até os tribunais eleitorais e a contagem dos votos.
3) E se fosse o oposto??? Se Dilma Rousseff tivesse perdido a eleição, por exemplo. Será que o pensamento sobre sua coligação pedir uma revisão dos votos teria o mesmo impacto negativo???
4) Se as urnas são tão seguras a ponto de não merecer tal desconfiança, certamente não deveria haver rechaço sistemático e clichê. Isso só fomentaria mais a falta de credibilidade no sistema e na Justiça deste país em pelo menos 48,36% do eleitorado que votou em Aécio Neves, de 51 milhões de pessoas, ou seja, cerca um quarto da população brasileira, considerando o total de 200 milhões de habitantes. Tudo isso sem contar os 6,34% dos eleitores que votaram em branco ou nulo por, provavelmente, não acreditarem na política. Estes são mais de 7,1 milhões de pessoas, o que corresponde à quase totalidade dos habitantes de uma cidade como o Rio de Janeiro ou pouco mais da metade da cidade de São Paulo.
5) Nas redes sociais e nos noticiários foi possível ver relatos de eleitores se queixando de que, ao chegar em seu local de votação, outras pessoas tinham votado em seu lugar. Não se pode afirmar se foi um suposto erro dos mesários – não treinados ou mal treinados –, que podem ter se confundido com a listagem de eleitores, ou se houve fraude do tipo alguém votar com documento falso.
6) Dilma Rousseff foi eleita de maneira democrática. Isso é fato!!! Embora não haja prova de que tenha sido o contrário ou de que tenha havido supostas irregularidades, também não há razão para não apurá-las.
7) O que não se pode fazer aqui é usar o discurso de prateleira de derrota e agir como ofendido, para justificar a negativa em atender um anseio que não deve ser de poucas pessoas.
OPINÓLOGO pede licença para dar um humilde conselho à presidente da República: não será somente a estabilidade econômica que vai conter os ânimos dos insatisfeitos e lidar com a oposição na Câmara e no Senado. Sua votação de 51,64% dos votos válidos em 2014 – percentual inferior ao de 2010 com 56,05% – tem muito a ver com os casos de corrupção nos quais o PT é citado ou cujos membros estão supostamente envolvidos. Sua vitória apertada se deveu, principalmente, à onda de medo de que o Brasil se converta em uma republiqueta bolivariana, ou cubana, por causa dos laços estreitos com certas nações vizinhas (Venezuela, Equador, Bolívia e Argentina) que têm 'comido o pão que o diabo amassou' com esse processo socialista. Inclusive, ela o alimentou ao criar o Decreto nº 8.243/2014 – o que estabelece os conselhos populares – sem passar pelo Congresso, ao tentar impor na marra uma suposta democracia. Se de fato não for seu plano diabólico e/ou de seu partido converter o país ao socialismo e levá-lo a uma 'revolução' (leia-se: ditadura), então que ela comece a dar provas disso e mais segurança à população. Para começar, desistir da regulação dos meios de comunicação com a desculpa de acabar com oligopólios como tem acontecido atualmente na Argentina, especialmente a guerra entre o Clarín e o governo de Cristina Kirchner. A suposta perseguição lá começou devido a reportagens e comentários da imprensa que não agradaram a governante bonairense. Nos demais países da América do Sul, o histórico é similar. Opinar se tornou quase um delito. O capitalismo é um sistema financeiro no qual ganhar dinheiro e ser influente não são crimes!!! Enquanto neste sistema o cidadão tem a convicção que se trabalhar bastante e se esforçar, poderá ficar rico, no socialismo, o consolo egoísta é de que ninguém jamais o será.
O natural das coisas é que numa reeleição, o candidato obtenha um percentual maior de votação, o que teoricamente demonstra que o povo está satisfeito com sua gestão.
'Nunca na história deste país', um partido tinha conseguido despertar o ódio da população, sem generalizar. O PT teve o privilégio. A polaridade entre esquerda e direita e as diferenças ideológicas sempre coexistiram. Mas, os brasileiros sempre debateram isso de maneira democrática e dentro dos limites da razonabilidade. Mas, o que se tem visto ultimamente é algo impressionante!!!
O PT conseguiu outro feito inacreditável: que boa parte dos brasileiros, não dá para precisar a quantidade, perdoasse tacitamente o que os militares fizeram durante a ditadura (1964-1985). A prova de que não há mais mágoas e/ou ressentimentos é a do elevado número de internautas postando mensagens na página do Exército, no facebook, pedindo uma intervenção no país. Chega a ser um absurdo, no mínimo ridículo!!! Este jornalista que lhe escreve confessa que sentiu vergonha alheia diante das coisas que leu.
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